Análise de anuncio Boticário

RESUMO

Este trabalho tem como objeto de análise as propagandas do Boticário que retratam elementos presentes em um dos contos de fadas mais conhecidos da literatura infantil. Os objetivos são retomar brevemente a história da personagem, estudar a simbologia dos elementos apresentados nas imagens, e com isso fazer uma análise interacional entre o tema do conto infantil e os objetivos do texto publicitário, isto é, a manipulação por meio da sedução de um público específico, neste caso, a mulher, que não abre mão de sua vaidade, sobretudo na época presente. Sendo o texto de natureza híbrida, há a necessidade de uma compreensão global a fim de considerá-lo como um todo significativo, que independe da natureza do signo que o constitui, tornando possível, desse modo, uma análise mais profícua.

Palavras-chave: Anúncio; Boticário; Branca de Neve

ABSTRACT

The object of analysis of the present work is composed by O Boticário advertisements which portray elements found in some of the most known fairy tales in children’s literature. The objectives are to retell each character’s history shortly and study the symbology of the elements presented in the advertisements’ images. Then, it is possible proceed to an interactional analysis which concerns the central theme and objective of the advertising text, that is, the manipulation by the seduction of a specific public, in this case, the woman, who does not put aside her vanity. Considering the text presents hybrid characteristics, there is the need of a global comprehension and also of understanding it as a whole significant unity that does not depend on the nature of the sign that constitutesitself, making then possible a profitable textual analysis.

Keywords: Annouce; Boticário; Snow White.

Figura 1. Anúncio utilizado como objeto de estudos para elaboração deste trabalho.

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………………………………07

1- DESENVOLVIMENTO…………………………………………………………………………………08

2- CONCEITOS UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO………………………………..10
2.1- INTERTEXTUALIDADE……………………………………………………………………………10
2.1.1- Paráfrase………………………………………………………………………………………………….10
2.1.2- Paródia…………………………………………………………………………………………………….10
2.2- LINGUAGENS FORMAL E INFORMAL……………………………………………………11
2.2.1- Linguagem Formal……………………………………………………………………………………11
2.2.2- Linguagem Informal………………………………………………………………………………….11
2.3- PRESSUPOSTO………………………………………………………………………………………….11
2.4- LINGUAGENS VISUAL E ESCRITA………………………………………………………….12
2.4.1- Linguagem Visual…………………………………………………………………………………….12
2.4.2- LinguagemEscrita…………………………………………………………………………………….12
2.5- DISCURSO DIRETO………………………………………………………………………………….12
2.6- ANALOGIA……………………………………………………………………………………………….13

4- REFERENCIAS…………………………………………………………………………………………….16

INTRODUÇÃO

Apesar da evolução da mulher e de seu posicionamento atual na sociedade, ainda prevalece na maioria delas o desejo de encontrar um homem que as tratem de forma especial e que as façam “felizes para sempre”. Assim, tomamos como objeto de pesquisa o anúncio publicitário lançado pela empresa Boticário. O objetivo deste trabalho será analisar a presença do conto de fadas no anúncio publicitário. Ao retomar a personagem e sua história, buscamos os traços de identificação que fazem com que a mulher atual acredite que ao adquirir os produtos “O Boticário” terá possibilidade de ser bela, atraente, sublime e viver um conto de fadas onde é transformada em heroína do mundo real.

1- DESENVOLVIMENTO

O anúncio publicitário definido para análise foi criado para de uma empresa no ramo de cosméticos, onde a finalidade é encontrar os traços de identificação que fazem com que a mulher moderna acredite que, ao estar adquirindo os produtos “O Boticário”, será transformada, se tornará bela, atraente e encantadora.
As esferas contidas no anúncio são cotidianas e de propaganda. As esferas cotidianas definem que a propaganda está presente onde a visibilidade das mulheres, as interlocutoras, é maiore mais constante, como, por exemplo, salões de beleza e shoppings. Já as de propagandas definem-se na circulação virtual, ou seja, sites diversos onde a propaganda pode aparecer a inesperadamente, ficando visível aos olhos do interlocutor.
O produtor “O Boticário”, é uma empresa com rede de franquias voltada para o ramo de cosméticos e perfumaria. Seus leitores e/ou consumidores estão entre 19 e 35 anos, a maior parte mulheres, mas também são vendidos produtos para uso masculino. A empresa monitora blogs e sites de relacionamento para verificar os desejos de seu público-alvo.
As estruturas do texto contidas no anúncio são verbal e não verbal. Pode-se concluir que há texto verbal porque as palavras estão presentes e o produtor está se expondo verbalmente. A frase tem a proposta de persuadir e induzir o público feminino de usufruir dos produtos da empresa Boticário. Apesar da ligação com o conto, fica claro que a intenção do texto não é atingir o público infantil, mas sim o público adulto. O texto não verbal também está presente, pois o produtor utiliza uma imagem ilustrativa colorida. A cor vermelha encontrada na maçã, nas alças do vestido e na boca, dá sentido de paixão, proibição, excitação, além de retratar mulheres decididas, sedutoras e independentes. Isso fica evidente, também, na fisionomia da moça, no decote mostrando os seios fartos, nas sobrancelhas perfeitas e na maquiagem marcante, o que ressalta a ideia de mulher moderna. O posicionamento da maçã simboliza a passagem da ingenuidade para a sensualidade, já que a fruta é uma representação bíblica do pecado, potencializando e qualificando as cores da propaganda.
A intenção dos produtores é fazer com queas mulheres pensem que ao adquirir os produtos “O Boticário”, ela terá a possibilidade de ser bela e atraente assim como as personagens dos contos de fadas, ou seja, interessante aos homens.
O texto deixa clara a ligação com o conto infantil “branca de neve e os sete anões”,
É possível identificar a presença de intertextualidade, pois é o anúncio faz uma referência do conto infantil “a Branca de neve e os sete anões”. É identificado este dialogismo quando são citados os personagens “sete anões” e “maça”, que no conto, é a fruta que envenena a personagem principal.
É possível identificar também uma analogia na seguinte frase: “ era uma vez uma garota branca como a neve”.
O discurso citado é indireto. Esse discurso ocorre quando o narrador não se propõe à reproduzir as palavras do locutor, mas somente o conteúdo com suas próprias palavras e, no caso, o produtor se expressa baseando-se no que, supostamente, aconteceu quando a protagonista do anúncio usou os produtos oferecidos.
Com essa propaganda, a empresa parte do pressuposto de que a grande maioria das pessoas é conhecedora do conto de fadas e compreenderá às informações contidas.
As propagandas veiculadas nos mais variados meios de comunicação de massa fizeram uso do visual e do verbal para construir seu sentido, com uma linguagem, que além de conativa, construiu-se, sobretudo, pela linguagem poética, quebrando paradigmas por meio da liberdade criativa, e reforçando a mensagem implícita, usual do texto publicitário: “Compre o meu produto”.

2- CONCEITOS UTILIZADOS NO DESENVOLVIMENTO

2.1- INTERTEXTUALIDADE
Intertextualidade acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto emoutro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade. Apresenta-se explicitamente quando o autor informa o objeto de sua citação. Num texto científico, por exemplo, o autor do texto citado é indicado, já na forma implícita, a indicação é oculta. Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diálogo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. Há duas formas: a Paráfrase e a Paródia.
2.1.1- Paráfrase
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.
2.1.2 – Paródia
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica.

2.2- LINGUAGENS FORMA E INFORMAL
2.2.1- Linguagem Formal
A linguagem formal/culta está diretamente ligada às regras gramaticais e, portanto, à escrita. É um padrão de língua, usada em situações mais formais. É uma linguagem de prestígio e dita como ‘correta’.2.2.2- Linguagem Informal
A linguagem informal/coloquial não possui compromisso com as regras gramaticais. É uma linguagem espontânea. Nessa linguagem os usos de frases populares, gírias, clichês são comuns.

2.3- PRESSUPOSTO
É algo que se pressupõe; que se supõe antecipadamente; é uma pressuposição. Pressuposto também pode ser relacionamento a um propósito ou pretexto, ou um plano.
Os pressupostos são marcados por advérbios, verbos, orações adjetivas e adjetivos. O pressuposto é um dado apresentado como indiscutível para o falante e o ouvinte, não permitindo contestações.
Pressupostos são ideias não expressas de maneira explícita, mas que pode ser percebida a partir de certas palavras ou expressões utilizadas. Quanto a utilização de pressupostos, eles devem ser sempre verdadeiros ou aceitos como verdadeiros, pois eles que construirão informações explícitas.

2.4- LINGUAGENS VISUAL E ESCRITA
2.4.1- Linguagem Visual
A linguagem visual leva a algum entendimento usando símbolos gráficos para gerar um sentimento ou uma ideia na cabeça de quem visualiza a imagem em questão. Ao compor uma peça de comunicação visual, o designer ou artista estrutura o sentir e o pensar. Na tarefa estão presentes os conhecimentos dos elementos visuais, como representação de ideias e a organização e a ordenação de tais elementos em uma composição compreensível e, antes de mais nada, LEGÍVEL.
Quanto mais abstrata a linguagem, mais dificilmente será compreendida com o mesmo significado para um número grande de espectadores, por que cada um tem o seu repertório mental de signos e significados. A linguagem visual é vista por estudiosos como necessária para a formação das pessoas esua socialização.
2.4.2- Linguagem Escrita
Língua escrita precisa seguir algumas regras, ela só é aprendida depois que dominamos a língua falada. E ela não é uma simples transcrição do que falamos; está mais subordinada às normas gramaticais. Portanto, requer mais atenção e conhecimento de quem fala. Além disso, a língua escrita é um registro, permanece ao longo do tempo, não tem o caráter passageiro da língua falada.

2.5- DISCURSO INDIRETO
É quando o enunciador/narrador não se propõe à reproduzir as palavras do locutor, mas passar somente o conteúdo do pensamento com suas próprias palavras.

2.6- ANALOGIA
A Analogia, também conhecida como comparação, é uma figura de linguagem semelhante à metáfora usada para demonstrar qualidades ou ações de elementos. Essa figura de linguagem utiliza-se de conectores (como, tal como, assim como) para fazer comparações.

3- REFERENCIAS

• Márnei Consul. Os discursos direto e indireto à luz da enunciação. REVISTA AO PÉ DA LETRA- VERSÃO ONLINE. 2008. Disponível em: . Acesso em 24 Jun. 2013.

• Autor desconhecido. Intertextualidade: Paráfrase e Paródia. INFO ESCOLA. Disponível em: . Acesso em 20 Jun. 2013.

• Jéssica Verona. Linguagem formal, informal e glides. BLOGSPOT. 17 Jun. 2012. Disponível em . Acesso em 20 Jun.2013

• Autor desconhecido. Significado de Pressuposto. SIGNIFICADOS. Disponível em . Acesso em 21 Jun. 2013

• Autor desconhecido. Linguagem Visual. LINGUAGEM VISUAL. Disponível em: . Acesso em 20 Jun. 2013.

• Autor desconhecido. Diferenças existentes entre a língua falada e a língua escrita. VESTIBULAR1. Disponível em: . Acesso em 20 Jun. 2013

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