Agricultura e Pecuária no Brasil

 

Agricultura comercial de exportação x agricultura de produtos alimentares

Aproximadamente 40% da área de terra plantada no Brasil são ocupados por culturas que visam principalmente suprir de matérias-primas a agroindústria, que, por sua vez, destina grande parte de sua produção à exportação, como é o caso da soja, da laranja, do café, da cana-de-açúcar e do cacau. Quando não transformados ou industrializados, os produtos são exportados in natura.

Agricultura e Pecuária no Brasil

Fatores naturais e agricultura

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Clima e solo são os dois principais fatores naturais que influem na agricultura brasileira.

Clima

A diversidade climática do território brasileiro permite a cultura tanto de produtos tropicais, que são dominantes (café, cana-de-açúcar, cacau, algodão), quanto de produtos característicos das zonas temperadas (trigo, centeio, maçã, uva).

Solos

Os melhores solos do país para a atividade agrícola são:
•         massapé – na Zona da Mata nordestina, onde a cana-de-açúcar se desenvolve muito bem;
•         terra roxa – em vários trechos dos planaltos e chapadas da Bacia do Paraná (ex-Planalto Meridional), especialmente no Paraná, em São Paulo
e no Mato Grosso do Sul, estados onde o café foi o produto que melhor se adaptou.

Na agricultura moderna, o solo ideal é aquele: que apresenta alta fertilidade; no qual não ocorre deficiência de água e oxigénio; que não está sujeito à erosão e à degradação; que permite a utilização de máquinas e implementos agrícolas; que não é raso. Deve-se considerar, contudo, que com o emprego de tecnologia o ser humano transforma áreas regulares e restritas em áreas agricultáveis.

Conforme o IBGE, 35,3% do território nacional apresenta limitações muito fortes à agricultura, em 26% da área as condições são desfavoráveis e em apenas 38,7% do território brasileiro as condições são favoráveis.

Exploração da terra

A exploração da terra pode ser realizada basicamente de duas maneiras:
•         exploração direta – ocorre quando a propriedade é dirigida pelos proprietários, que nem sempre residem nas terras exploradas, auxiliados por seus familiares ou por capatazes e empregados; essa é a forma de exploração adotada pela maio ria dos proprietários rurais do Brasil;
•         exploração indireta – ocorre quando a terra é explorada por não-proprietários, que as ocupam por meio de locações feitas sob a forma de
arrendamento ou parceria.

No sistema de arrendamento, a propriedade é alugada em troca de um pagamento em dinheiro, por um determinado período. O arrendatário, usando seus próprios equipamentos e ferramentas, é responsável pela produção e por seus resultados. Uma propriedade pode ser arrendada a uma pessoa ou a várias pessoas. Uma empresa pode alugar várias propriedades, agrupando-as em uma mesma exploração. Na parceria, a locação é feita em troca de uma parte da produção ou de uma porcentagem sobre os lucros.

A maior parte da mão-de-obra contratada para o trabalho na lavoura é temporária, isto é, os trabalhadores trabalham sem nenhuma garantia ou assistência e, muitas vezes, são vítimas da ganância de grandes proprietários rurais. Esses trabalhadores são conhecidos como boias-frias em São Paulo e no norte do Paraná, volantes no Centro-Sul, peões na Amazônia ou trabalhadores de fora na Zona da Mata nordestina.

Uma figura muito conhecida – e odiada – nas áreas rurais é o grileiro ou jagunço, contratado por grandes empresas ou por fazendeiros inescrupulosos para invadir terras devolutas (pertencentes ao governo) ou mesmo terras já ocupadas por posseiros, que acabam sendo expulsos brutalmente, com seus familiares.

Pecuária no Brasil

Bovinos

O rebanho mais numeroso do Brasil é o bovino, que ocupa o segundo lugar mundial, superado somente pelo da índia. Destaca-se no país a pecuária de corte (fornecimento de carne), embora a pecuária leiteira (produção de leite e derivados) também venha ultimamente assumindo uma posição de destaque. Nos últimos anos, houve grande evolução na pecuária brasileira, com aumento significativo no rendimento por cabeça.
As seguir, apresentam-se as maiores concentrações de gado bovino distribuídas por região.

•         Centro-Oeste – onde se encontra o mais numeroso rebanho brasileiro.
•         Sudeste – concentra quase um terço do rebanho bovino do país.
•         Sul – é menos numeroso que nas outras regiões brasileiras, mas é de excelente qualidade. No Rio Grande do Sul, destacam-se na bovinocultura a Campanha Gaúcha e os campos de Vacaria; em Santa Catarina, os campos de Lages e o Vale do
Itajaí; no Paraná, os maiores rebanhos bovinos estão nos Campos Gerais de Ponta Grossa, Guarapuava e Palmas, além de algumas regiões de novas pastagens do norte e no sudoeste do estado;
• Norte – há muitas áreas novas de criação bovina. As tradicionais são a Ilha de Marajó, os campos de Rio Branco, Roraima, alguns trechos do Acre (alto Juruá e alto Purus) e de Rondônia (Vale do Rio Madeira);
• Nordeste – embora não se diferencie muito do rebanho sulino no que se refere à quantidade, a qualidade do rebanho nordestino é bem inferior, pois o ambiente hostil – caatinga -, onde a pecuária extensiva é praticada, prejudica bastante a produtividade do gado bovino. O estado da Bahia concentra mais da metade do rebanho nordestino, seguido de Maranhão e Pernambuco.

Bubalinos

Os rebanhos de búfalos são encontrados na Ilha de Marajó (Pará), onde constituem a principal fonte de riqueza, na planície litorânea do Paraná e na Baixada Maranhense.

Aves

O Brasil, grande produtor de aves, destaca-se como exportador de carne de frango para vários países do mundo, principalmente para o Oriente Médio. A maior produção avícola está na Região Sul e no Sudeste do país.

Suínos

A Região Sul detém mais de 40% do rebanho nacional de suínos. O Paraná ocupa a liderança na criação, seguido pelo Rio Grande do Sul e por Santa Catarina. Na Região Sudeste, merece destaque a suinocultura de Minas Gerais e de São Paulo. Na Região Nordeste, os estados que concentram o número mais expressivo de suínos são: Maranhão, Bahia e Piauí.

Ovinos

Estão no estado do Rio Grande do Sul mais de 40% dos ovinos do país, importantes no fornecimento de lã e carne. Os demais estados da Região Sul também apresentam rebanhos razoáveis. Na Região Nordeste, a finalidade principal é o fornecimento de carne e couro, já que a lã é bem menos espessa e de qualidade inferior.

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