A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL II

 

1 INTRODUÇÃO

O referido trabalho visa objetivar o conhecimento e a reflexão sobre as aplicações acadêmicas da Lei n. 11.645/08 no espaço educativo e também como construir atividades de cunho interdisciplinar referente a esta Lei, envolvendo as metodologias de ensino voltadas para o ensino fundamental.

A implementação da Lei supracitada, vem oportunizar que os estudantes problematizem a história de nosso país, ampliando-a no sentido de reconhecer e valorizar a nossa riqueza cultural.

É preciso além da publicação de materiais sobre tais temáticas, uma urgente política de formação continuada de capacitação para os professores.

2 DESENVOLVIMENTO

A inclusão da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos currículos da Educação básica e Superior brasileira, através da promulgação das Leis 10.639, de 2003 e 11.645 de 2008 é um momento histórico ímpar, de crucial importância para o ensino da diversidade cultural no Brasil. Trata-se de um momento em que a educação brasileira busca valorizar devidamente a história e a cultura de seu povo afrodescendente e indígena, buscando assim reparar danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. Esta inclusão nos currículos da educação básica amplia o foco dos currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.

Verifica-se a importância de refletir sobre a teoria e a prática do ensino e aprendizagem de História, sendo necessário que […] o aluno seja entendido como agente de sua formação, com ideias prévias e experiências diversas e o professor como investigador social e organizador de atividades problematizadas; o conhecimento histórico é visto a partir de sua natureza multiperspectivada e nos seus vários níveis: senso comum, ciência e epistemologia; as estratégias e recursos são múltiplos e intervenientes; a avaliação é feita a partir de todo o material produzido pelo aluno; e os efeitos sociais são focados nos agentes sociais. (SCHMIDT; GARCIA, 2006, p. 23).

É necessário levar em conta o que os alunos já sabem, como um dos elementos de referência para selecionar temas a serem trabalhados, realizar recortes e selecionar fontes, materiais e problematizações. A busca de fontes guardadas em arquivos familiares dos alunos leva-os a entender que a história não se restringe ao conhecimento veiculado pelos livros didáticos e o conteúdo de História pode ser encontrado em todo lugar (Schmidt e Garcia, 2006).

A metodologia também é valorizada na medida em que alunos e professor podem identificar os conteúdos na sua comunidade, como nas festas e comemorações locais, relações de poder local, na memória, como nos depoimentos e entrevistas (história oral).

Os conteúdos resignificados a partir da experiência dos sujeitos comuns podem passar a compor os currículos e materiais didáticos, de maneira a contribuir para a formação da consciência histórica crítico-genética. (SCHMIDT; GARCIA, 2006).

A Lei nº 11.645, de 10/03/2008 – Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

O que esta Lei altera no conteúdo programático da educação básica é a inclusão dos diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir dos dois grupos étnicos: africana e indígena. A lei enfatiza o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional. Resgata assim as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Estes conteúdos não serão ministrados em forma de disciplina específica, todavia, será ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, principalmente através das aulas de Educação

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