A evolução da construção civil

 

As pesquisas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do sindicato da habitação (Secovi) divulgadas nos últimos dias sobre a evolução da construção civil, mostram o agravamento dos problemas. A diminuição da atividade do setor, do uso de capacidade, da produção e das vendas, bem como do emprego são os principais reflexos da situação. Mas o momento é ainda mais difícil no segmento das grandes empresas e no nível do emprego – os cortes de pessoal só são menores do que os da indústria de transformação.

As grandes empresas apresentaram indicadores piores que os das pequenas e das médias no tocante às expectativas quanto ao nível de atividade, novos empreendimentos e serviços, compra de insumos e matérias-primas, número de empregados e intenção de investimento. Esses itens fazem parte da última Sondagem Indústria da Construção, da CNI. O número de empregados com carteira assinada na construção civil diminuiu 25 mil em agosto, 177,7 mil no ano e 385,2 mil em 12 meses – redução de 11,77%, mais que o dobro do corte na indústria de transformação e o maior entre os oito setores analisados pelo Ministério do Trabalho. Isoladamente, a construção representou 39% do total de corte de postos de trabalho com carteira entre setembro de 2014 e agosto de 2015.

As quedas foram mais intensas do que as esperadas. Grandes empresas foram atingidas pelo corte de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida. O cenário atual retrata o “fim do ciclo imobiliário”, segundo a FGV. Sem verbas federais, as empresas enfrentam aperto financeiro: 47% das pesquisadas para o Índice de Confiança da Construção (ICST) informaram que é mais difícil obter crédito (há um ano, eram 22,5%).

Aneel – Leilão de hidrelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o edital para o leilão no dia 6 de novembro de 29 usinas hidrelétricas cujas concessões já venceram. Somadas, as outorgas para esses empreendimentos chegam a R$ 17 bilhões, dos quais R$ 11,05 bilhões deverão ser pagos ainda este ano na assinatura dos contratos, e os demais R$ 5,95 bilhões no primeiro semestre de 2016. No ano que vem, a energia produzida por essas hidrelétricas será totalmente destinada às distribuidoras, que atendem o consumidor final.

A partir de 1º de janeiro de 2017, 70% da produção será destinada a esse mercado regulado e os 30% restantes poderão ser comercializados de outras formas, no mercado livre ou no à vista. O lote mais caro é o das hidrelétricas que pertenciam à Cesp, Jupiá e Ilha Solteira (R$ 13,803 bilhões). O grupo de 18 usinas da Cemig terá outorga de R$ 2,216 bilhões; o lote de 5 usinas da Celesc custará R$ 228,5 milhões; as usinas da Copel, R$ 735,5 milhões; e a hidrelétrica da Celg, R$ 15,8 milhões.

Inicialmente, o leilão estava marcado para o dia 30 de outubro, mas, para realizar mudanças pedidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na composição dos lotes, o Ministério de Minas e Energia remarcou o certame para 6 de novembro. Ainda assim, a realização da licitação nessa data está condicionada à aprovação do edital pelo órgão de controle. Com as alterações, o leilão poderá ter uma segunda fase com lotes menores se alguns dos lotes (B,D e E) oferecidos na primeira fase da disputa não receberem lances.

Energia Eólica

Dados do Ministério de Minas e Energia apontam que o Brasil possui a matriz energética mais renovável do mundo industrializado, com 45,3% de sua produção proveniente de fontes como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e solar. É sabido que o modelo energético brasileiro apresenta um forte potencial de expansão, o que resulta em uma série de oportunidades de investimento de longo prazo.

Em um momento desfavorável para a geração hidrelétrica, devido ao ritmo hidrológico atípico e à baixa nas afluências, as matrizes eólicas apresentaram uma capacidade complementar à produção de base, em um país suprido de ventos como o Brasil, especialmente no Nordeste. A produção eólica ficou em média emparelhada com a geração das fontes hidrelética e térmica, consideradas de base, entre 2 mil e mil MW médios no mês.

Prêmio Nobel de Química

O Prêmio Nobel de Química de 2015 foi para três pesquisadores que descobriram mecanismos biomoleculares naturais que reparam erros no DNA, a molécula que contém as informações para o desenvolvimento e funcionamento dos seres vivos. Paul Modrich, 68, americano, Aziz Sancar, 69, turco e Tomas Lindahl, 77, sueco, dividem os 8 milhões de coroas suecas (US$ 963 mil) do prêmio em três partes iguais.

Modrich trabalha na Universidade Duke, de Durham (EUA), Sancar, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), e Lindahl, no Instituto Francis Crick, de Hertfordshire (Reino Unido).

O DNA é uma molécula relativamente instável e sua composição pode ser danificada por raios ultravioleta, por substâncias tóxicas e por próprio processo de duplicação, que envolve uma química sofisticada. Os cientistas que receberam o Nobel de química neste ano descobriram mecanismos que existem em praticamente todos os seres vivos e servem como “caixas de ferramentas” naturais para consertar esses defeitos que surgem espontaneamente.

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